sexta-feira, maio 04, 2007

Chaplin, Deus, eu...


Não é como se eu amasse o que me faz feliz. Isto seria um tanto hipócrita, sendo que são as pessoas quem mais podem me fazer feliz e eu as odeio.

Charles Chaplin disse certa vez que os sábios não condenam os erros das pessoas. Eu entendo o que ele quis dizer. Chaplin podia se auto-denominar sábio. Ele realmente era um. Um gênio sensível.

Talvez eu seja uma alma muito medíocre, pobre e fútil. Mas, não sei se infeliz ou felizmente não consigo enxergar-me assim. Tenho muita cultura e sensibilidade e por isso não posso ser hipócrita (novamente) e dizer-me ignorante.

A verdade é que Chaplin estava certo. Preciso ter em mente a certeza da fragilidade humana e de nossa natureza nitidamente corruptível. Talvez isto falte em mim: esta certeza. Tudo isso me deixa louca e confusa, por eu ser, desgraçadamente, um ser tão pensante e sensível.

Para não deixar a sinceridade de lado, tenho que admitir que ultimamente tenho odiado a raça humana. Odiado em geral. Quando isto passa para a prática, eu esqueço um pouco, tento (e tenho naturalmente) a visão de Chaplin sobre a individualidade de cada um... e acabo amando, importando-me com, criando carinho por estes seres terríveis que somos (sempre com as poucas e boas exceções).

Oh, Deus, jogue sobre mim um pouco de luz (!) e permita-me ver também o lado bom.

E, apesar de tudo, minha felicidade pouquíssimo tem a ver com isso.

Um comentário:

Anônimo disse...

Chaplin sabia o que ele era e o que as pessoas envolta dele tmb eram ... humanos com muuuitos erros e alguns acertos e nós dependemos um do outro para ser feliz ... não aceito quando dizem que podemos ser felizes sozinhos... mentira e covardia de não assumir o que nos é de instinto ... somos e precisamos uns dos outros e quando todos nós descobrimos isso o mundo será um pouco eu disse um pouco melhor..

te adoro val ..fazia tempo que não visitava aqui né rs

fica com DeuS
bjuss