terça-feira, abril 17, 2007

Seres Sensíveis

Engraçado como tenho momentos de incrível sensibilidade (instântaneos e espontâneos) para com os outros, e em outras vezes simplesmente matenho-me fria e indiferente, mas com certeza não por querer. Sinto-me péssima quando não consigo ser sensível a uma situação à mim apresentada.
Às vezes sinto muito por um problema de alguém que eu nem conheço e outras vezes não sinto nada. Mais importante que sentir é ter consciência, racionalidade. Como eu já disse aqui antes, ter consciência de que o outro existe, sente, pulsa, é o mais importante. Ter consciência de que aquele problema é enorme, mesmo que não seja diretamente seu. Sensibilizar e sensibilizar-se é preciso. Não por motivos religiosos, pessoais, ou para sentir-me uma pessoa melhor. É simplesmente um dever, algo que precisa ser resgatado, algo que sim, faz parte de nós, mas estamos horrivelmente embrutecidos pelo mundo em que estamos inseridos.

Quanto mais egocêntrica uma pessoa é, menos eu sinto por ela. É preciso haver uma rede mundial de sensibilidade, com todos sendo humanos e só assim haverá amor de verdade.
Quanto mais simples a pessoa, mais eu vejo sentimentos e sangue ali dentro, mais nítido fica para mim seu coração. Quanto mais robótica, cibernética, gananciosa e insensível é a pessoa, menos eu gosto e menos eu me importo com ela. É como se ela nem existisse para mim (não que minha visão seja o centro das coisas). Porque onde não há sensibilidade não há vida. E mesmo assim eu sempre faço um esforçozinho para sentir o outro, mesmo quando a tarefa não é espontânea, e sim pensada... no fundo sempre há um coração, mesmo que bem escondido. Sim, há.

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