
Para ti, calma é tédio. Para mim, ela é vida. Para ti, paixão e amor são o mesmo. Em mim, eles discernem por completo.
Tu entras em ti como alguém com fome de tudo, como se aí dentro vivessem todas as outras coisas e como se nada externo fosse realmente orgânico. Uma folha e nada são a mesma coisa. Não tens sensibilidade para perceber a vida da folha. Os ramos, quase sanguíneos... Ela respira por nós.
És tão capaz. Por que canalizas atenção para as coisas sem real importância? O externo é tão ilusório quanto tua própria carne. Concreto, então. Substancial. Necessitas tempo e reflexão. A vida não é notada quando passas por ela tão rápido. E de nada adianta tanta sensibilidade e amor guardados apenas para irem à tua própria direção.
Falo isso sem saber ao certo o por quê. Eu queria, talvez, que percebesses a intensidade de cada coisa viva. E até do inanimado. O mundo não poderia desperdiçar tais possibilidades. Não, não poderia ser tão robotizado e limitado.
Gosto de harmonia e de paz, percebes? Mas a primeira não implica algo simplório. Dentro de um universo existem muito mais elementos que em uma tabela periódica. Pois nesta estão só os ingredientes primários! Há toda a consequência. E existem as não-consequências, que vai lá saber se é coincidência ou acaso. Há o capuccino e há a jangada na orla baiana.
É tudo diferenciado, porém com enorme potencial harmônico. Tudo pode se encaixar perfeitamente e eu queria que tu te encaixasses nisso, nesse folhetim-celular chamado Humanidade & CIA ou Todas as Coisas Sensíveis ou ainda, Vida. Ajuda-me a montar esse quebra-cabeça. Olha para fora, sente o pulsar da veia alheia e o sal da lágrima de José.
Valéria.
Um comentário:
Tentar entender o outro é complicado e entender a sí mesmo é mais ainda rss
vivo tentando ambos , chego a alguns resultados e algumas conclusões rss mas a cada dia td muda nós mudamos
nem sei muito pq escrevi td isso rss mas ai esta registrado rss
te adoroooo
bjokas do fefê
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