quarta-feira, abril 19, 2006

Doação de Sangue


Só para lembrar a importância desse ato... E incentivar.

terça-feira, abril 11, 2006

Um homem sentado num banco, na praça quadrada, lágrimas entrecortando a barba, um roxo lábio a tremer. Um vazio inexplicável e isso nada tinha a ver com sexo. E nada disso tinha a ver com a vida. É química, sejamos realistas. Não, não é inexplicável. Alguma substância falta no meu corpo e isso me faz deprimido. Augusto dos Anjos talvez tenha me ensinado. Assim como falta o cálcio nos meus ossos e isso me faz cansado. Voa ao redor dele (ao meu redor, quem é ele e quem sou eu?) um pássaro lilás e ele pensa no quão multicolor é a natureza. E isso é bonito, é fantástico. Logo ele fica feliz e lembra de sua bipolaridade incessante, essa irracionalidade patética. E da falta de remédios. As pessoas deveriam ser felizes, mesmo que, para isso, usassem remédios. A vida é curta e somos tão bichos que não sabemos valorizar. Nem sorrir, nem cantar. Noventa e nove por cento das pessoas são deprimentes. Queria fugir disso, queria muito, queimaria meus cabelos e minha barba para tal triunfo. Deveríamos comemorar a rara lealdade e matar de vez a podre melancolia. Desejava entrar num grão de feijão e gritar: Obrigado!

Val.